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Oficina metalúrgica de Feitais |
O Projeto Vipasca resulta de uma parceria entre o Município de Aljustrel, através do seu Museu, e a Universidade de Huelva e tem como objectivo principal o estudo da minero-metalurgia em Aljustrel desde o Calcolítico até à Idade Média.
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Entrada de poço romano |
Os trabalhos tiveram início em 2006, tendo já tido lugar 6 campanhas de escavação nos sítios arqueológicos de: Casa do Procurador (Romano), Oficina metalúrgica de Feitais (Romano), Mangancha (Bronze Final e Romano) e Castelo de Aljustrel (Calcolítico e Medieval).
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Escória romana |
Para além das intervenções arqueológicas, têm sido realizadas análises metalográficas a fragmentos de escórias romanas, recolhidas em diversos locais da área mineira, no sentido de avaliarmos o tipo de minério, ou minérios, explorado em Aljustrel no período romano.
Estes seis anos de investigação permitiram um substancial aumento dos conhecimentos existentes sobre a ocupação humana no território que hoje é Aljustrel.
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Castelo de Aljustrel |
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Casa do Procurador |
Assim, foi possível comprovar a existência de metalurgia do cobre no Castelo de Aljustrel; o início do assentamento romano na Mangancha em finais da República; o alargamento substancial da área de ocupação do povoado de Vipasca com a descoberta dos sítios de Algares 2 e 3; a continuação do desenho da planta da Oficina Metalúrgica de Feitais (ainda incompleta), considerada a maior até agora escavada na Europa; confirmar que o minério aqui explorado era exclusivamente cobre o que, em face do cálculo de escoriais aqui existentes no séc. XIX (3.500 Mt), aponta para que Vipasca fosse uma das maiores minas de cobre do Império; definir um importante pano da muralha de taipa Almóada no Castelo de Aljustrel, bem como, detectar alterações urbanísticas no seu interior, ocorridas ainda durante a ocupação muçulmana.
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Mangancha |
Estas investigações deram origem a inúmeros artigos publicados em revistas nacionais e internacionais, tendo ainda sido apresentadas diversas comunicações em Colóquios nacionais e internacionais. Será publicado muito brevemente, através de uma editora espanhola, um livro que condensa os resultados dos primeiros 3 anos de investigações.